sexta-feira, julho 16, 2010

Flores do Mal

Deus salve a internet!

Nem queira saber o motivo, mas passei a tarde lembrando de Flores do Mal do Barão Vermelho.

Como esse blog anda sem atualizações - pura falta de inspiração e, acredite, inspiração por aqui tá difícil - eu resolvi publicar o clipe da música.

Tô pra falar que é um dos momentos altos do Barão!

Fato é que aqui tá o clipe:



Bacana né?

Agora, se você tem tempo a perder - é sério isso! - dá uma olhada na bizarrice que eu acabei encontrando enquanto procura "Flores do Mal" no Youtube...



Viu? Por Jesus Cristo, você encontra alguma explicação razoável para alguém se prestar a fazer uma merda dessas?

E depois postar na net?

Tempos difíceis...

sexta-feira, julho 02, 2010

Merda





Meu, vou dizer, quando eu não vou com a cara de um sujeito, eu tenho meus motivos... Felipe Melo nunca me enganou. Ele até tentou, durante o primeiro tempo, quando deu o passe para o Robinho marcar o gol. Mas na hora que o bicho apertou, o volante vaca-loca mostrou quem realmente é. Fez um gol contra (Julio Cezar vacilou forte...) e deixou o Brasil com um cara a menos num momento importante.

Bom, triste com a desclassificação, mas tenho de ser honesto: se a mediocridade do time de Dunga e a mediocridade do próprio Dunga passassem pela Holanda, seriam campeões, e, definitivamente, o futebol no Brasil não seria mais o mesmo.

No mais, a semana que vem, que teria dois feriados, só terá um. O de 9 de julho, que homenageia os combatentes da Revolução de 32. Aos soldados de Dunga e seu general cabe agora gastar os milhões que ganham...

Do Dunga eu espero que tenha mesmo conquistado a lealdade que tanto procurou no grupo. A gente precisa de amigos assim, quando fica desempregado.

Em 2014 a gente tem outra Copa. Aqui, por sinal. O Dunga não aprende com os erros, mas quem sabe essa derrota não sirva pra mostrar que o futebol brasileiro é o futebol arte, divertido e muleque, e não a furia de sair chutando tudo como um europeu qualquer, sem a menor intimidade com a bola.

Até 2014...

quinta-feira, junho 17, 2010

Como diria

Pois é, parece que o blog está às moscas... A ideia era ser a mosca – na sopa, como diria Raul – mas não foi. Ficou às moscas – como diria o Waltão – e a culpa é minha. Eu sei, como diria Renato Russo. Bom, deixando de lado o que diz o outro, como diria Saramago, esse post é uma mera desculpa para a ausência de posts nesse espaço que você continua prestigiando, apesar da minha incompetência, como diria o Lula. Será que ele diria isso? Será? Ih, Renato Russo já foi citado.
O trabalho na revista de motocross (essa aqui ó: www.dnaoffroad.com.br) e um bando de frila, incluindo alguns aqui ó www.guitarplayer.uol.com.br (assunto inseparável) não estão permitindo tempo para postagens.
O próprio post que você está lendo – os colegas que me desculpem – está sendo escrito enquanto eles apresentam o trabalho sobre variações diastráticas e variações diatópicas da língua portuguesa na aula de Introdução aos Estudos de Língua Portuguesa do curso de Letras da USP. E daí? Como diria José Serra, em seus rompantes de simpatia com a imprensa. Qual o problema? Diria Dilma Roussef, em suas estupendas observações pertinentes.
A Copa nem acabou e já quero falar de eleição... É que tenho memória de elefante, como diria o Dunga, e não consigo esquecer o vexame do Brasil... Vexame, sim. Como diria um amigo, se tem trabalho pra vencer a Coréia do Norte vai ganhar de goleada de quem?
É assim. No mais, vamos pensar que esse post é novamente um recomeço para o blog há tempos abandonado e carente de post.
Não foi vagabundagem, eu juro, como diria Leonardo... (nossa! Essa foi sensacional).
No mais, vamos que vamos. E como admirador de beldades cinematográficas, vou encerrar comentando o beijo de Sandra Bullock e Scarlet Johansson. Aliás, vou comentar o quê?
A imagem vale por mil palavras, como diria o slogan...



sexta-feira, abril 23, 2010

Deprê

Aqui vai a notícia publicada na íntegra, publicada no UOL. Ó aqui

É só ler e já dá pra perceber o quanto se pode ter de "orgulho" de ser uspiano...

Deprê.


23/04/2010 - 17h11
Assembleia de alunos da USP decide destruir câmeras de vigilância; DCE desaprova medida
Simone Harnik
Em São Paulo

Uma assembleia de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) decidiu destruir as câmeras de segurança implantadas no campus. Na última gestão, da reitora Suely Vilela, foram instalados 85 equipamentos para a vigilância, com custo de aproximadamente R$ 2,5 milhões.

O texto publicado no site do DCE (Diretório Central dos Estudantes) diz: "A assembléia dos estudantes da USP aprova a iniciativa dos estudantes, organizados ou individualmente, de destruir ou inviabilizar o funcionamento das câmeras espalhadas pelo campus".

Mas, de acordo com Bárbara Vallejos, uma das diretoras do DCE, a medida não tem aprovação da gestão da entidade que representa os universitários. "A assembleia acabou se estendendo até muito tarde e houve um comportamento antidemocrático. A medida passou com a votação de poucos estudantes. A diretoria do DCE foi contra essa proposta", diz.

A reunião ocorreu no último dia 8 de abril, no prédio da FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo). Segundo Bárbara, a assembleia avançou além das 23h, horário em que estava esvaziada – já que muitos tiveram de abandoná-la para retornar para suas casas.

"Se a proposta tivesse sido votada duas horas antes, certamente não teria passado. O DCE defende o diálogo e a democracia, o que não tem a ver com essa medida", afirma Bárbara. A universitária diz que a proposta vai ser ignorada e que a entidade pretende debater na próxima reunião, no dia 6 de maio, políticas de permanência estudantil e o ensino a distância.

A Assessoria de Comunicação da USP informou que nenhum ato de vandalismo contra as câmeras foi registrado no campus da Cidade Universitária, na zona oeste da capital. A Universidade não vai se manifestar sobre a resolução da assembleia.

terça-feira, abril 13, 2010

viver

"Viva um dia depois do outro", diz o ditado. "Viva intensamente", recomenda outro. "O que se leva dessa vida é a vida que se leva", teoriza mais um.

O que há de comum entre os três? A vida. Sempre ela. Difícil pra caralho - ninguém falou que era fácil - mas gostosa como a vida deve ser... Ih.. slogan brega, não dá.

Vou viver a vida... e volto... pra viver a vida.

It's my life, diz o guru Bon Jovi... então vamos com ele...

Aqui tem a letra traduzida.


domingo, abril 04, 2010

Passagem

Noutro dia, numa conversa de bar com um amigo de verdade, eu disse que estava agitado porque havia algo a decidir. Ele então saiu-se com um daqueles improvisos que a gente faz e que, no calor do momento - como diria John Wetton, no Asia -, soam com incrível sabedoria e se encaixam como luva ao que se precisa ouvir. A pérola filosófica foi "Você não precisa tomar decisão nenhuma. A decisão, quando chega a hora, se toma por você." Eu tive de anotar o improviso, que é praticamente uma epígrafe desse post e quase uma versão diferente dos famosos "O tempo cura todas as coisas" e "Nada como um dia depois do outro".

E a Páscoa ou Pessach, que simboliza a 'passagem', é o momento na vida real que encerra as citações.

As mudanças, as passagens, as decisões, as escolhas são feitas constantemente em nossas vidas e, independentemente de ficarmos satisfeitos ou não e de sermos ou não responsáveis por elas, devemos arcar com suas consequências e seguirmos em frente, esperando as próximas 'decisões' que tomaremos ou que serão tomadas - e pelas quais seremos afetados - resignados ou não. Felizes ou não.

O que se pode fazer em relação a isso é mais ou menos o mesmo que é possível em relação à sorte, na visão do pintor Pablo Picasso, parafraseado ontem pelo ídolo Armando Nogueira, que passou nessa semana, mas como outros, mesmo depois de morto ainda me ensina e vai ensinar muito. "Posso ser um homem de sorte, mas todas as vezes que a sorte me procurou, ela me encontrou trabalhando"

É mais ou menos isso... Todas as vezes que uma decisão é tomada por mim, ela me encontra refletindo a respeito de si. Afinal, refletir, trabalhar, decidir, aprender e amar é o que posso fazer, por minha conta e risco.

Ah, o Asia entrou quase de gaiato no post, mas já que entrou, assista ao vídeo. O riff pesado de guitarra vale a pena e a letra com tradução você encontra aqui ó: LETRA TRADUZIDA e vale a pena ler, já que fala de decisões tomadas no 'calor do momento'

quinta-feira, março 04, 2010

Imortais e suas cadeiras





A vida anda mesmo difícil...

Até pra imortais não está fácil. E morrer, então, nem se fala.

O camarada passa a vida construindo um patrimônio intelectual e após a sua morte, tudo o que se discute a seu respeito é: quem vai ocupar a cadeira que você sentava...

E nessa hora, como bem diria Orwell, "já não se sabia mais quem eram homens e quem eram porcos"

Ainda nem tivemos a missa de sétimo dia do bibliófilo José Mindlin e as preocupações na ABL se resumem à eleição do próximo "imortal". Sei lá... A ter de regularmente tomar chás com esse tipo de gente é melhor ser mortal mesmo, né?

Bom, os 40 mil livros acumulados em sua biblioteca pessoal sempre me despertaram um sentimento que nem sei explicar. Queria ter conhecido esse cara.

Para os que gostam de leitura, olha que lista legal: Lista

Uma pessoa que possuiu 40 mil livros, devia saber do que estava falando, né?

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Queda simbólica


Então, a notícia tem umas duas semanas.

Quem vive olhando as manchetes do G1 e do Uol vai se lembrar.

Eu salvei a foto na hora em que vi, porque queria postar, mas nem deu tempo...

Entretanto, nessa madrugada quis deletar a imagem e não consegui.

Ela me prende.

Não sei se é a queda e todos os sentimentos que devem ter passado por esse guarda em questão de segundos ou se é o descaso e a reprovação dos colegas sobre o fato...

Olhe bem. Essa fotografia, pra mim, é um ícone da falta de solidariedade, além de tudo. Mas há algo nela que realmente me prende. E eu não sei o que é... Pobre guarda...

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Retorno corrido...


Caramba! Três meses de férias no blog! Hahaha... É por isso que eu não presto para ser meu próprio patrão... Procrastinador mor...

Bom, na verdade foi uma meningite, seguida de uma meningite aguda, seguida de uma meningite que não se sabe a causa, que me afastaram daqui por uns dois meses. O mês de janeiro foi mesmo vagabundagem.

Ou não. Diria o ídolo Caetano. Foi excesso de trabalho. Cara, cheguei na redação e tive de mandar ver, sem tréguas.

Caraca, nem comecei o post e já escrevi umas quatro palavras que tive sinceras dúvidas sobre a grafia... Enfim...

Este texto devia tratar somente de Sallinger, que morreu na semana passada. O escritor é pra mim uma espécie de ídolo, mas essa não é a palavra correta.

Sabe aquelas pessoas que despertam em você um misto de admiração e curiosidade? Pois assim é J.D. Sallinger, o autor americano que faleceu 28 de janeiro último.

Cara, quando eu li "O apanhador no Campo de Centeio" já não tinha mais idade pra me impressionar com esse tipo de história, saca? Já não era mais adolescente... Tinha passado dos 20, marmanjão mesmo. Mas fui arrebatado pelo livro.

Passei a me questionar como uma obra tão 'simples' conseguiu causar tamanho impacto no mundo - não só na sociedade americana - e, mais que isso, como conseguiu ser tão perene?

A primeira ideia que vem à cabeça de um cretino como eu é a 'osmose', saca? Alguém do tempo do vovô falou que era bom, algum contemporâneo do pai disse que era bom e pronto... Virou clássico. Claro que não!

Depois, passei a desconfiar do título. Porra, você se depara com uma estante e nela há uma porção de livros para você escolher. Vários títulos.Meu,"o apanhador no campo de centeios" tem muitas chances de chamar sua atenção. É lúdico, é lírico, é.. Enigmático...

Aí, você fica sabendo que depois de causar uma verdadeira reviravolta na sociedade literária - vamos chamar assim para encurtar etapas, ok? - de seu tempo, subverter a linguagem e se tornar um sucesso, o autor resolve, apenas dois anos depois se "esconder" do mundo, num rancho murado, numa cidade pequena, longe das entrevistas, dos holofotes, de tudo. Produz mais alguns contos - bem bom, pra variar - e um, "Raise High the Roof Beam", especialmente enigmático no Brasil: virou "pra cima com a viga, moçada" ou "Carpinteiros, levantem bem alto a cumeeira", a critério da tradução...

Bom, é atraente, não é? Já bastava para chamar muita atenção para o tal "Catch in the rye" - título original do "apanhador", né?

Aí vem um cretino e mata o maior um dos dos maiores nomes que a música popular teve e vai ter em sua história, John Lennon, e diz que sua leitura predileta é o tal livro.

Bom, aí, não tem jeito... Desde 1951, quando foi lançado, são mais de 60 milhões de cópias vendidas em todo o mundo - informação do Estadão, no dia da morte... O cara podia estar lendo qualquer merda, mas tudo bem. Quis o destino que fosse um livro do Sallinger, que só queria sossego...

É isso, uma singela homenagem a um escritor que marcou minha vida e meu gosto pela literatura. Na verdade, há mais a dizer, como a obessessão que tive em xerocar toda a pasta sobre o autor, enquanto trabalhei no arquivo do Estadão. A ideia era construir um personagem com o perfil esquisito do escritor, mas virou gaveta...

Enfim, espero que o Sallinger encontre o sossego e o distanciamento que sempre procurou em vida, mas como eu disse no começo, esse post ERA pra ser só do Sallinger, mas ontem eu fui no show do Metallica, no Morumbi.

E tava foda! É só olhar aqui, ó:



Dava pra fazer um tratado sobre a apresentação dos caras, mas basta apenas ONE explicação... Ih... torcadilho infame não dá. É hora de encerrar o post...