Noutro dia, numa conversa de bar com um amigo de verdade, eu disse que estava agitado porque havia algo a decidir. Ele então saiu-se com um daqueles improvisos que a gente faz e que, no calor do momento - como diria John Wetton, no Asia -, soam com incrível sabedoria e se encaixam como luva ao que se precisa ouvir. A pérola filosófica foi "Você não precisa tomar decisão nenhuma. A decisão, quando chega a hora, se toma por você." Eu tive de anotar o improviso, que é praticamente uma epígrafe desse post e quase uma versão diferente dos famosos "O tempo cura todas as coisas" e "Nada como um dia depois do outro".
E a Páscoa ou Pessach, que simboliza a 'passagem', é o momento na vida real que encerra as citações.
As mudanças, as passagens, as decisões, as escolhas são feitas constantemente em nossas vidas e, independentemente de ficarmos satisfeitos ou não e de sermos ou não responsáveis por elas, devemos arcar com suas consequências e seguirmos em frente, esperando as próximas 'decisões' que tomaremos ou que serão tomadas - e pelas quais seremos afetados - resignados ou não. Felizes ou não.
O que se pode fazer em relação a isso é mais ou menos o mesmo que é possível em relação à sorte, na visão do pintor Pablo Picasso, parafraseado ontem pelo ídolo Armando Nogueira, que passou nessa semana, mas como outros, mesmo depois de morto ainda me ensina e vai ensinar muito. "Posso ser um homem de sorte, mas todas as vezes que a sorte me procurou, ela me encontrou trabalhando"
É mais ou menos isso... Todas as vezes que uma decisão é tomada por mim, ela me encontra refletindo a respeito de si. Afinal, refletir, trabalhar, decidir, aprender e amar é o que posso fazer, por minha conta e risco.
Ah, o Asia entrou quase de gaiato no post, mas já que entrou, assista ao vídeo. O riff pesado de guitarra vale a pena e a letra com tradução você encontra aqui ó: LETRA TRADUZIDA e vale a pena ler, já que fala de decisões tomadas no 'calor do momento'
domingo, abril 04, 2010
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