quinta-feira, junho 19, 2008

Paternidade


“Vocês vão ter um bebê? Aproveitem para dormir agora” era uma das frases que mais ouvíamos enquanto estávamos grávidos. Sim, grávidos, no plural e no masculino. Desde que a mulher reivindicou a igualdade sexual, o homem tem conquistado seu espaço no universo feminino. “Ter” um pouco da gravidez é direito adquirido, inalienável e irrestrito, mas isso é outra discussão...

Dormimos muito durante a gravidez – até mais do que o necessário, pra variar! – e a Sofia chegou. De fato, as noites maldormidas vieram com ela. Mas foram poucas. Bem poucas. E quem disse que noite maldormida é ruim? Na verdade, depois que o seu filho nasce, você nunca mais dorme como dormia antes. Nem mesmo naquelas noites em que a bebê não dá um gemido ou suspiro. “Está quieta demais. O que será?” Lá vai você de meia, pra não andar descalço e nem fazer barulho, de ponta de pé, até o berço, de madrugada. E não acha ruim. Aquela carinha dormindo... Um verdadeiro anjo...

É assim, entre um amor que não pode ser medido ou explicado e a constante preocupação de que tudo corra bem, você vai levando a vida e vendo uma vida passar bem diante de seus olhos. Ela começa sorrir, depois entender suas brincadeiras. Chorar, claro, também faz parte...

Tudo normal, como acontece com todo mundo. E como, no fundo, você sabia que seria com você! Mas você fica besta. E nem liga. Perde seu nome – agora, sou o pai da Sofia – e supera desafios que nunca pensou suportar. Com o pé nas costas...

É uma mamata! Ser pai é das coisas mais fáceis do mundo. Nem preciso dizer que é gratificante. S E N S A C I O N A L, assim, tudo maiúsculo e pausadamente pronunciado, também não é suficiente pra definir. Mas a paternidade não pode ser definida e não é pra ser explica. É pra ser sentida e, principalmente, apreciada!

Te amo Sofia!

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