segunda-feira, janeiro 19, 2009

Febre cinematográfica



O cumpadre Marcelo entrou na casa dos 30! Parabéns pra ele. Falei outro dia aqui sobre o que penso de envelhecer então vou poupar o leitor sobre as virtudes que vêm com os anos. Além disso, o bicho tem todos os cabelos brancos - a profissão de jornalista não facilita! - então pra ele certamente um ano ou um ano menos...

Consegui comprar para ele um livro muito bacana: 1001 filmes para ver antes de morrer, de Steven Jay Schneider. De fato, um daqueles presentes que você dá a alguém torcendo para que um dia tenha um também. Muito bacana! E ele também achou isso quando abriu o pacote ontem.

"Você toma cerveja?"
"Não quando estou com sintomas de febre amarela"

Essa foi minha resposta, mas, depois de um tempo em companhia do sempre etílico Chico, não resisti e tomei uns goles. E não é que os sintomas não passaram?

Eu explico: inventei de fazer uma viagem nesses últimos dias de férias e acabei tomando vacina contra febre amarela.

Alertado no posto de saúde sobre possíveis "sintomas de reação", cheguei a pensar em não tomar, mas aí consultei meu pai.

"Filho, ir para o mato sem tomar vacina de febre amarela é como trepar com piranha sem usar camisinha". Sabias palavras de um desavergonhado coroa. E convincentes. Tomei a bendita vacina e, cinco dias depois, me sentindo muito bem e sem nenhum incômodo, nem lembrava mais dela.

Pois é. Eis que no sábado me aparece uma autêntica ressaca sem motivo aparente. Dor de cabeça, na têmpora e sobre os olhos, acompanhada de uma sede descomunal.

Horas depois eu notei que a sede era, na verdade, uma febre de básicos 38 graus, que ganhou, até a tarde do domingo, a companhia de calafrios e crispações - acredite, meu horóscopo alertava sobre isso na semana passada.

Já era bem tarde no sábado quando me dei conta que a ressaca sem bebida prévia era, na verdade, a reação pra lá de atrasada da vacina.

No domingo, acompanhado durante todo o dia dos sintomas, passei a acreditar que tomar vacina para febre amarela, é, em princípio, adquirir uma febre amarela branda.

No final do dia já tinha certeza disso. As dores não passavam, as contrações musculares só aumentavam e a dor de cabeça não ia embora.

Parecia mesmo uma ressaca. E como dizem que pra isso o melhor remédio é outra cervejinha, acabei cedendo aos apelos do aniversariante e tomei umas... Para minha surpresa... Não passou.

Paciência. Nem tudo dá certo... Mas eu bem que tentei.

P.S.: O livro com a lista dos 1001 filmes é mesmo bem bacana e não vejo a hora de retornar à casa do cumpadre Marcelo e ler mais um pouquinho sobre os grandes clássicos do cinema. Eu queria ter dado a edição com a capa da antológica cena de Hitchcock que ilustra esse post. Mas por aqui a edição atual traz na capa Harrison Ford no papel de Indiana Jones. A escolha é bem boa, concordo, mas acho que até o Spielberg ia preferir Janet Leigh...

2 comentários:

Anônimo disse...

levanta esse traseiro indiano da cadeira e vamos tocar seu mequetrefe huahuahhauaahua!

Walter Junior disse...

Esse livro é bem legal. Peca em algumas ausencias mas no geral é bacana. Boa diagramação e fotos bem escolhidas.